sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O que eu vi na TV: Os Três Mosqueteiros


Vamos inaugurar um canal aqui! Já estava na hora de ter algum assunto para ser abordado frequentemente e nada melhor do que algo que sempre vemos: filmes na TV. Ou no cinema, dvd, computador, tanto faz, o que eu assistir durante a semana e o que vocês sugerirem, postarei aqui no O que eu vi na TV. Assim podemos comentar sobre os filmes que assistimos recentemente e não só os lançamentos.

Ontem passou no Telecine o filme Os Três Mosqueteiros, de 2011, direção de Paul S. Anderson.
Anderson já é o primeiro sinal de que o filme será forçado e, consequentemente, ruim.
O segundo sinal fica por conta do protagonista, Logan Lerman, mais conhecido como PERCY JACKSON. Pronto, se a gente tinha alguma esperança de que o filme fosse bom, ela foi embora quando viu o ator no filme.
Tenho que informar antes de tudo que eu tenho uma séria relação de ódio quando a história gira em torno de um adolescente, pré-adolescente ou qualquer coisa do tipo. Eu odeio Percy Jackson, Harry Potter e qualquer outro herói que não seja adulto. (Neste momento fãs de Harry Potter se juntam aos de Tim Burton para jogar pedras na minha casa)
Eu tentei gostar de Harry Potter, mas não consigo nem assistir. Parei no segundo filme e olhe lá, foi muito. E o problema é comigo mesmo, desde criança eu odeio filme assim. Quando eu era pequena ou era desenho ou era filme normal, não esses com aventuras com crianças. Minhas amiguinhas adoravam O Pestinha, Operação Cupido, gêmeas Olsen, e eu odiava! Para vocês terem noção, minha paixão por Matrix começou aos 12 anos de idade! A mãe de uma amiga minha não se conformou quando eu fiquei na casa dela e vi Matrix duas vezes seguidas. Aguento no máximo As Crônicas de Nárnia, o primeiro. O segundo foi legalzinho e o terceiro... muito crianção. Nem das séries da Disney eu gostava.

Mas, voltando ao filme, eu não sabia que o tal do Percy Jackson estava no filme, muito menos que ele seria o protagonista, D'Artagnan. O sonho do garoto é se juntar aos famosos e corajosos Mosqueteiros, em Páris. Então, ele sai de sua cidade pequena em busca de aventura.
Porém, o que ele não sabe, é que os Mosqueteiros já não são como antes. Depois de ser traído por sua amada Milady de Winter (Milla Jovovich, claro, esposa do diretor) e Duque de Buckingham (Orlando Bloom), Athos (Matthew Macfadyen) e seus companheiros Porthos (Ray Stevenson) e Aramis (Luke Evans), desistem da vida de mosqueteiro, já que não há mais causa nenhuma para defender e o rei da França, Luís XIII (Freddie Fox), é uma criança mimada e controlada pelo Cardeal de Richelieu (Cristoph Waltz).
Milady é a espiã e traidora da história. Ela tem um caso com o Duque de Buckingham, da Inglaterra, trabalha para ele e ao mesmo tempo para o cardeal. Mas é claro que ninguém sabe disso, ninguém confia em ninguém e assim eles formam o trio de vilões do filme.

A forma que D'Artagnan encontra os Mosqueteiros é ridícula, digna de filmes forçados. Numa cena de perseguição, ele acaba arranjando confusão com os três, separadamente e sem saber quem eles são. Assim, ele marca um confronto com cada um deles, no mesmo lugar, um após o outro. Quando eles vão até o confronto, todos se encontram e então D'Artagnan descobre quem são os Mosqueteiros e que eles não são mais os heróis de antes. Esse é o começo do filme, já sentiram a desgraça?

Porthos, Athos, Aramis e D'Artagnan. Gente, ele não tem nem tamanho para ser mosqueteiro, por mais que seu personagem fosse mesmo jovem. E essa franjinha?

Depois do desenrolar de tudo, a história para trazer os Mosqueteiros de volta a ativa é muito chocha: para assumir o controle da França, o Cardeal bola um plano para fazer o rei Luís XIII acreditar que sua esposa, a rainha, está tendo um caso com o Duque de Buckingham. Com a ajuda de Milady, o Cardeal deixa cartas de amor que teriam sido escritas pelo Duque nas coisas da rainha. Numa das cartas o Duque agradece pelo colar de diamantes que ganhou de presente da rainha, representando seu amor. Assim, Milady também rouba o colar da rainha, numa cena a la Alice do Resident Evil. Depois que o rei encontra essas cartas, o Cardeal sugere que ele dê um baile e peça para sua esposa usar o colar porque SÓ ASSIM ELE SABERÁ A VERDADE. (Sério isso?)
Quando a rainha percebe o plano do Cardeal, ela vai desesperada pedir ajuda aos Mosqueteiros, para que eles tragam de volta o colar em até 5 dias, antes da data do baile.
Gente, essa é a história de aventura mais sem criatividade que eu já vi. Se ela sabia que o Cardeal era um traidor e que ele tinha bolado esse roubo, não era só ela falar para o rei? E outra, dar uma festa e ela aparecer com o colar é uma prova concreta de ela não está tendo um caso com o duque? Se ela estivesse não era só pedir o colar de volta? QUE BESTA! Nunca li o livro, a história original é assim? Se for, deviam ao menos ter adaptado para ser algo mais verossímil num filme.
Para mim, o filme já estragou aí, mas eu continuei para ver o clichezão final de aventura: tudo dá certo.
E depois disso é só clichê mesmo, até as falas são previsíveis.
D'Artagnan tem uma namoradinha no filme, motivo para dar um pouco mais de trabalho conseguir o colar.
Athos fica em dúvida sobre o amor de Milady.
Os Mosqueteiros triunfam, D'Artagnan se junta a eles e fica com a mocinha no final. Eba!
A única coisa que não foi clichê é que Milady não fica com Athos no final, e os Mosqueteiros não deixam o rei descobrir o plano do Cardeal, só devolvem o colar como se nada tivesse acontecido. Então todos os vilões continuam vivos. Essa é outra parte chata, toda vez que alguém é capturado, demoram um tempão para ao menos tentar matar a vítima, mais clichê de filme de aventura impossível.
O filme é muito ruim, desperdiçaram bons atores, bom figurino e a história dos Mosqueteiros. Logan Lerman é um péssimo ator, é tudo muito falso nas cenas dele, inclusive quando ele está flertando com a namoradinha ou fazendo um discurso heróico, ou quando ele dá uma de bonzão, enfim, toda vez que ele aparece.
A única coisa que se salva é a parte cômica do filme. Os três Mosqueteiros foram bem escolhidos se considerarmos a comédia e Orlando Bloom caiu bem como vilão sarcástico. Mas o riso fica por conta do rei, Freddie Fox, ingênuo e mimado e de Planchet (James Corden), o mordomo rechonchudo dos Mosqueteiros, que é maltratado o filme todo e não fala nada para seus senhores. Mas é só.



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