sábado, 22 de dezembro de 2012

Jon Bon Jovi de Natal

O Tamed! gostaria de desejar a todos um feliz Natal e um próspero Ano Novo!
Assim, deixo aqui meu presentão para vocês: a versão da canção de Natal "Please Come Home for Christmas" que foi gravada por Jon Bon Jovi em 1992. No clipe, Jon aparece com nada menos que a supermodel Cindy Crawford em cenas calientes.
Não sei qual é a dos americanos em adorarem tanto essas musiquinhas de Natal porque, convenhamos, it's kind of brega. Mas vale a pena ver Jon no auge da beleza!




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O mundo precisa saber: Laranja Mecânica e Flashdance!

O mundo precisa saber que no filme O Livro de Eli, cujo protagonista é Denzel Washington, encontramos duas das maiores estrelas do cinema cult: Jennifer Beals e Malcolm McDowell, respectivamente a protagonista de Flashdance e o protagonista de Laranja Mecânica!
Coincidentemente, em Flashdance, Jennifer Beals vive Alex Owens, e em Laranja Mecânica, Malcolm McDowell vive Alex DeLarge.
Vejam se reconhecem os rostinhos:

Denzel Washington, Mila Kunis e Malcolm McDowell em cena de "O Livro de Eli"


Jennifer Beals e Gary Oldman em "O Livro de Eli"

A desvantagem dos atores que eternizam um personagem no cinema é a possibilidade das gerações futuras não os reconhecerem ou de não chamar mais atenção em outros papéis. Poucas pessoas devem ter reconhecido os atores neste filme. 
Talvez daqui a muitos anos, veremos um Elijah Wood já grisalho em algum filme e diremos aos nossos netos "Olhem, esse ator viveu o Frodo em O Senhor dos Anéis" e nossos netos responderão "É MESMO? NEM IMAGINAVA!". 

Volta Anna Faris!

A láááá, foi só citar o nome dela que já apareceu de novo. Falei que ela precisava de uma ajudinha básica da Vanessa Hudgens.
Segundo o TMZ, Lindsay Lohan se negou a beijar Charlie Sheen nas gravações de Todo Mundo em Pânico 5, por conta do "longo histórico" do colega. Com "longo histórico" devemos entender sexo e drogas? Então por que a Srta. Lohan deu piti?
Eu tenho certeza que foi o Charlie Sheen que ficou com medo do histórico da moça e pediu peloamordedeus o retorno de Anna Faris.

Ajude o Charlie Sheen a se manter quase sóbrio: compartilhe #VOLTAANNAFARIS pelas redes sociais!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O mundo precisa saber: Axl Rose!


Tem bastante coisa sobre Axl Rose e Guns n' Roses que o mundo precisa saber.
Hoje compartilharemos com você algo que poucas pessoas perceberam.

O mundo precisa saber que a moça da foto estampada na jaqueta que Axl Rose utilizou no clipe de November Rain (quando a banda está no bar) e em alguns shows da turnê Use your Illusion é Madonna!


Aposto que você pensou "como nunca vi isso?". Pois é! 
Essa foto foi usada na capa do single de Justify my Love e é uma imagem bem popular de Madonna. 
Será que Axl Rose era fã da cantora ou só queria uma jaqueta com a foto de uma garota? 
Será que algum dia saberemos?
Será que Justify my Love ter sido lançada em NOVEMBRO de 1990 é apenas uma coincidência?
De onde viemos? Para onde vamos?

Outras curiosidades:
- November Rain NÃO foi lançada em novembro, mas sim em junho de 1992. (WHAT? WHY?)
- Uma das primeiras aparições de Axl Rose após longos anos numa caverna sem aparecer em público foi na festa de aniversário de 48 anos de Madonna, em 2006.



Vanessa Hudgens aceita doações de Natal


Opaaa, saiu na rua maquiada, bem vestida, sorrindo, acompanhada dos cãezinhos, sem estar bêbada e nem brigando com os paparazzis? Tá precisando de audiência! Vamos ajudar a Vanessa Hudgens com doações, gente!
Aliás, foi uma boa escolha ela tentar aparecer na mídia passeando com os cachorrinhos. Ela já entendeu que ficar nua na Internet, aparecer bêbada em público, dirigir alcoolizada e ir presa não cola mais. Lindsay precisa de umas aulinhas de marketing pessoal com a amiga.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O mundo precisa saber: Ian McKellen


O mundo precisa saber: Sir Ian McKellen já foi novo!


Confiram mais fotos: http://www.buzzfeed.com/whitneyjefferson/awesome-vintage-photos-of-ian-mckellen

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O que eu vi na TV: Cisne Negro


O que eu vi na TV essa semana foi o filme Cisne Negro. Tá, eu demorei, eu sei. Mas a faculdade deu 3 anos e meio de atraso na minha vida cinematográfica, então não assisti muitos filmes que eu queria.
Mas agora estou me atualizando e Cisne Negro foi um filme que me deixou muito curiosa.
Enfim, assisti!
No longa acompanhamos o tormento da bailarina Nina Sayers ao ser cotada para o papel principal da apresentação "O Lago dos Cisnes". E é isso, não há amores perdidos, beijo romântico, destruição do vilão, nem nada que um filme quase sempre tem e isso é o de mais surpreendente.
Nina é consumida pela dança. É aquela menina certinha que você conhecia na escola. Natalie Portman tem 31 anos, mas a carinha de criança a deixou perfeita para o papel. Enfim, Nina nunca namorou, bebeu, voltou tarde para casa, respondeu a mãe, brigou e sempre tem que ser perfeita no ballet.
Para ajudar, a mãe, Erica (Barbara Hershey), é uma fanática pela arte do ballet, uma ex-dançarina que deposita o amor à dança também na filha. Erica é uma mãe superprotetora, não dá privacidade a Nina e a trata como criança. Podemos perceber que não há chaves para as portas da casa, o que obriga a dançarina a usar um pedaço de madeira para impedir que a mãe entre no banheiro ou em seu quarto.
Pois bem, o diretor artístico da companhia de dança de Nina, Thomas Leroy (Vincent Cassel), acredita que a bailarina não tem potencial para ser a protagonista da apresentação, pois ela não tem o perfil para interpretar o Cisne Negro. Isso é óbvio, no início do longa, Nina é o perfeito Cisne Branco. Como o diretor mesmo afirma, ela não erra nenhum passo, é o sentimento que faz falta em suas apresentações. O que há de sobra na bailarina favorita de Leroy, Lily (Mila Kunis), que acaba levando Nina para o mau caminho. Ou não.


Nina se torna tão paranoica em tentar interpretar o Cisne Negro que, a partir de quando é escolhida para o papel (após já tomar uma atitude de Cisne Negro com Leroy), não sabemos mais o que é realidade e o que é apenas a sua loucura. Lily vê que Nina é uma "perfeitinha" e até a tenta ajudar, mas nada mais é definido em certa altura do filme. O papel de Kunis fica indecifrável, não sabemos se ela é a vilã ou se está apenas ali, aparecendo as vezes, sem ter muita importância. Mas Nina a tornou a malvada da história. A partir daí, Erica vira a louca, Leroy, o diretor tarado que sai com as alunas, e Nina o seu próprio inverso, o Cisne Negro começa a florescer.
Enquanto frequenta os ensaios da academia antes do grande dia, Nina vai se aperfeiçoando e tendo cada vez mais certeza que Lily quer o seu papel.
Tudo no filme é perturbador, desde a alergia da bailarina, por causa da ansiedade, até quando ela começa a adquirir as características de um cisne.
Uma das cenas mais impressionantes fica por conta de Winona Ryder, que interpreta Beth MacIntyre, a dançarina que Leroy praticamente forçou a se aposentar. Beth sofre um acidente e fica internada num hospital por conta de um grave ferimento na perna, é o sinal mais claro de que nunca mais dançaria. Ela odeia Nina por ter roubado o papel do Cisne, mas mesmo assim, a jovem bailarina vai até o hospital fazer uma visita. Nina havia roubado as maquiagens de Beth, mas ao se aproximar do dia do espetáculo e do ápice de sua loucura, ela entende o ódio da bailarina profissional e resolve ir até o hospital e devolver o que tinha pego. Beth então acorda e se descontrola e começa a furar o próprio rosto com uma lixa, dizendo que Nina nunca será perfeita. Realidade ou mais ilusões do Cisne Negro? Não saberemos. Apenas algumas poucas coisas são explicadas, apenas para provar que Nina realmente está tendo vários ataques de loucura.
O único ponto fraco do filme é ser extremamente sexista. As cenas relacionadas ao sexo estão entre as mais perturbadoras, claro, mas a loucura de Nina poderia ser aproveitada de várias formas, como a cena em que o pé da moça está adquirindo nadadeiras! O que chama atenção é que esta e as cenas em que Nina começa a ganhar penas não ficaram com um tom forçado, é fácil saber que é tudo parte da imaginação e da mudança que acontece no interior da bailarina.
Já no festival, Nina demonstra que perdeu toda a fragilidade do Cisne Branco e o Cisne Negro já a toma conta completamente.
Mas o que aconteceria depois do festival? Nina voltaria ao normal? Talvez, esse foi o motivo de a bailarina ter morrido ao fim da apresentação, ovacionada por todos. Por mais que eu ache que o final poderia ser melhor, será mesmo que gostaríamos de ver Nina voltar a ser o Cisne Branco?



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O mundo precisa saber: Bruce Willis!


Hoje inauguramos mais um novo quadro no blog: O mundo precisa saber! Aqui mostrarei várias curiosidades sobre música, cinema, artistas que pouca gente conhece.
Hoje, "o mundo precisa saber" é com o ator Bruce Willis!

O mundo precisa saber que Bruce Willis manda muito bem no blues! Ele arrebenta na gaita e nos vocais!
Check it out:




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O que eu vi na TV: Os Três Mosqueteiros


Vamos inaugurar um canal aqui! Já estava na hora de ter algum assunto para ser abordado frequentemente e nada melhor do que algo que sempre vemos: filmes na TV. Ou no cinema, dvd, computador, tanto faz, o que eu assistir durante a semana e o que vocês sugerirem, postarei aqui no O que eu vi na TV. Assim podemos comentar sobre os filmes que assistimos recentemente e não só os lançamentos.

Ontem passou no Telecine o filme Os Três Mosqueteiros, de 2011, direção de Paul S. Anderson.
Anderson já é o primeiro sinal de que o filme será forçado e, consequentemente, ruim.
O segundo sinal fica por conta do protagonista, Logan Lerman, mais conhecido como PERCY JACKSON. Pronto, se a gente tinha alguma esperança de que o filme fosse bom, ela foi embora quando viu o ator no filme.
Tenho que informar antes de tudo que eu tenho uma séria relação de ódio quando a história gira em torno de um adolescente, pré-adolescente ou qualquer coisa do tipo. Eu odeio Percy Jackson, Harry Potter e qualquer outro herói que não seja adulto. (Neste momento fãs de Harry Potter se juntam aos de Tim Burton para jogar pedras na minha casa)
Eu tentei gostar de Harry Potter, mas não consigo nem assistir. Parei no segundo filme e olhe lá, foi muito. E o problema é comigo mesmo, desde criança eu odeio filme assim. Quando eu era pequena ou era desenho ou era filme normal, não esses com aventuras com crianças. Minhas amiguinhas adoravam O Pestinha, Operação Cupido, gêmeas Olsen, e eu odiava! Para vocês terem noção, minha paixão por Matrix começou aos 12 anos de idade! A mãe de uma amiga minha não se conformou quando eu fiquei na casa dela e vi Matrix duas vezes seguidas. Aguento no máximo As Crônicas de Nárnia, o primeiro. O segundo foi legalzinho e o terceiro... muito crianção. Nem das séries da Disney eu gostava.

Mas, voltando ao filme, eu não sabia que o tal do Percy Jackson estava no filme, muito menos que ele seria o protagonista, D'Artagnan. O sonho do garoto é se juntar aos famosos e corajosos Mosqueteiros, em Páris. Então, ele sai de sua cidade pequena em busca de aventura.
Porém, o que ele não sabe, é que os Mosqueteiros já não são como antes. Depois de ser traído por sua amada Milady de Winter (Milla Jovovich, claro, esposa do diretor) e Duque de Buckingham (Orlando Bloom), Athos (Matthew Macfadyen) e seus companheiros Porthos (Ray Stevenson) e Aramis (Luke Evans), desistem da vida de mosqueteiro, já que não há mais causa nenhuma para defender e o rei da França, Luís XIII (Freddie Fox), é uma criança mimada e controlada pelo Cardeal de Richelieu (Cristoph Waltz).
Milady é a espiã e traidora da história. Ela tem um caso com o Duque de Buckingham, da Inglaterra, trabalha para ele e ao mesmo tempo para o cardeal. Mas é claro que ninguém sabe disso, ninguém confia em ninguém e assim eles formam o trio de vilões do filme.

A forma que D'Artagnan encontra os Mosqueteiros é ridícula, digna de filmes forçados. Numa cena de perseguição, ele acaba arranjando confusão com os três, separadamente e sem saber quem eles são. Assim, ele marca um confronto com cada um deles, no mesmo lugar, um após o outro. Quando eles vão até o confronto, todos se encontram e então D'Artagnan descobre quem são os Mosqueteiros e que eles não são mais os heróis de antes. Esse é o começo do filme, já sentiram a desgraça?

Porthos, Athos, Aramis e D'Artagnan. Gente, ele não tem nem tamanho para ser mosqueteiro, por mais que seu personagem fosse mesmo jovem. E essa franjinha?

Depois do desenrolar de tudo, a história para trazer os Mosqueteiros de volta a ativa é muito chocha: para assumir o controle da França, o Cardeal bola um plano para fazer o rei Luís XIII acreditar que sua esposa, a rainha, está tendo um caso com o Duque de Buckingham. Com a ajuda de Milady, o Cardeal deixa cartas de amor que teriam sido escritas pelo Duque nas coisas da rainha. Numa das cartas o Duque agradece pelo colar de diamantes que ganhou de presente da rainha, representando seu amor. Assim, Milady também rouba o colar da rainha, numa cena a la Alice do Resident Evil. Depois que o rei encontra essas cartas, o Cardeal sugere que ele dê um baile e peça para sua esposa usar o colar porque SÓ ASSIM ELE SABERÁ A VERDADE. (Sério isso?)
Quando a rainha percebe o plano do Cardeal, ela vai desesperada pedir ajuda aos Mosqueteiros, para que eles tragam de volta o colar em até 5 dias, antes da data do baile.
Gente, essa é a história de aventura mais sem criatividade que eu já vi. Se ela sabia que o Cardeal era um traidor e que ele tinha bolado esse roubo, não era só ela falar para o rei? E outra, dar uma festa e ela aparecer com o colar é uma prova concreta de ela não está tendo um caso com o duque? Se ela estivesse não era só pedir o colar de volta? QUE BESTA! Nunca li o livro, a história original é assim? Se for, deviam ao menos ter adaptado para ser algo mais verossímil num filme.
Para mim, o filme já estragou aí, mas eu continuei para ver o clichezão final de aventura: tudo dá certo.
E depois disso é só clichê mesmo, até as falas são previsíveis.
D'Artagnan tem uma namoradinha no filme, motivo para dar um pouco mais de trabalho conseguir o colar.
Athos fica em dúvida sobre o amor de Milady.
Os Mosqueteiros triunfam, D'Artagnan se junta a eles e fica com a mocinha no final. Eba!
A única coisa que não foi clichê é que Milady não fica com Athos no final, e os Mosqueteiros não deixam o rei descobrir o plano do Cardeal, só devolvem o colar como se nada tivesse acontecido. Então todos os vilões continuam vivos. Essa é outra parte chata, toda vez que alguém é capturado, demoram um tempão para ao menos tentar matar a vítima, mais clichê de filme de aventura impossível.
O filme é muito ruim, desperdiçaram bons atores, bom figurino e a história dos Mosqueteiros. Logan Lerman é um péssimo ator, é tudo muito falso nas cenas dele, inclusive quando ele está flertando com a namoradinha ou fazendo um discurso heróico, ou quando ele dá uma de bonzão, enfim, toda vez que ele aparece.
A única coisa que se salva é a parte cômica do filme. Os três Mosqueteiros foram bem escolhidos se considerarmos a comédia e Orlando Bloom caiu bem como vilão sarcástico. Mas o riso fica por conta do rei, Freddie Fox, ingênuo e mimado e de Planchet (James Corden), o mordomo rechonchudo dos Mosqueteiros, que é maltratado o filme todo e não fala nada para seus senhores. Mas é só.



MDNA Tour - Madonna no Brasil


Madonna está passando pelo Brasil com sua MDNA Tour. A rainha já fez shows no Rio de Janeiro, no último dia 3, e em São Paulo, dias 4 e 5.
Eu estive presente no show de São Paulo, no dia 4, no estádio do Morumbi e, por mais que todo mundo já saiba tudo o que acontece durante o show, eu gostaria de comentar a minha visão.
Sou fã sim, considero a Madonna uma das artistas mais geniais de todos os tempos. Simplesmente porque ela revolucionou a música pop. Mas vamos falar do show primeiro!
A turnê MDNA está divulgando o último álbum da cantora, por isso ela intercala os clássicos com muitas músicas novas. Ela sempre divide as músicas, é praticamente metade das antigas e metade das novas, para resumir.
Por volta das 18h, a diva subiu ao palco para fazer a passagem de som, como de costume. Posso dizer que só isso já valeu a pena. Os dançarinos já estavam se aquecendo quando entrei no estádio, cerca de 16h. O namoradinho Brahim Zaibat e o filho Rocco também estavam lá. Quando Madonna entrou, fez o ensaio de Girl Gone Wild, Express Yourself, I don't give a, I'm a Sinner, Vogue e Celebration. Foi praticamente um show de presente para os fãs que chegaram cedo. Além disso, ela falou com o público, provocou, brincou e, como sempre, aprendeu novos palavrões em português. Ela perguntou ao público como se dizia "fuck yeah" em português, então, um de seus dançarinos que é brasileiro foi até ela e lhe disse algo. Daí ela vai até o microfone e grita "E aí, caralho!". Pronto, o estádio foi a loucura (e eu também!). É demais você ver um ídolo, conhecido por ser frio com os fãs (aliás, quem inventou isso?), fazer isso! Ela sabe como deixar a gente feliz!

obs.: eu tirei essas fotos da pista comum, por isso a qualidade não está lá aquelas coisas
Ensaio de Vogue

Li algumas matérias falando que os fãs vaiaram por ela ter atrasado. Mentira pura. O DJ chatôncio que abriu o show era muito chatôncio mesmo. O pessoal vaiou demais o coitado. Mas foi merecido, quem é que abre o show da rainha do pop com músicas putz-putz, sem letras, sem animação, e espera ter sido legal? Fosse inteligente: tocasse músicas da Madonna que não estavam no setlist, ou disco, pop, Michael Jackson, Tina Turner, Donna Summers, qualquer coisa menos aquilo. Então, o pessoal estava vaiando o DJ e não o atraso. Aliás quem acompanha a carreira de Madonna sabe que ela entra no palco sempre por volta das 22h ou 23h. É absurdo dizer que ela foi vaiada e que houve atraso de 3 horas.

Sinos e o canto gregoriano do grupo Kalakan, convidados especiais do show, chamavam a rainha ao palco. A introdução foi feita com Act of Contrition, que ao contrário do que muitos pensam, é uma faixa do álbum Like a Prayer, de 1989, mas que também foi adicionada ao single Girl Gone Wild, numa versão sussurrada.
A rainha desce pela parte superior do palco, numa capela, onde é possível ver sua sombra enquanto reza. Ela se levanta, faz o sinal da cruz e dá um tiro da vidraça, finalmente se revelando. Detalhe: o véu que Madonna usa aqui, acompanhado de uma coroa dourada, é uma releitura do vestido de noiva que usou no casamento com Guy Ritchie.

Na sua cara, Guy!

Pois bem, a abertura ficou por conta de Girl Gone Wild, com uma coreografia frenética, fazendo o estádio inteiro pular e cantar junto. Com figurino de assassina, Madonna dá continuidade ao bloco violento do show: seguimos com armas e tiros em Revolver e ainda adicionamos sangue para Gang Bang. A performance desta música acontece num quarto de um hotel, onde a diva nocauteia vários dançarinos. É uma das partes mais legais do show, a coreografia das lutas deixa todos inquietos, querendo ver Madonna em ação. As luzes e o telão também fazem um trabalho maravilhoso durante todo o show.

A performance de Gang Bang: cheia de sangue

Papa Don't Preach foi o presente antigão para os fãs e representou a redenção de Madonna, após ter matado geral na música anterior. Assim, ela é capturada e acorrentada para cantar Hung Up, numa versão que poderia ser substituída por outros hits. Por ser uma música que representou a disco, Hung Up ficou estranha nessa parte do show. Mas ela é diva, ela pode, pronto parei de reclamar. Depois de fugir pelas cordas, praticando Slackline, ela volta toda musa para cantar I don't Give A, acompanhada da guitarra.
Aqui Nicki Minaj aparece no telão gigantesco, vestida de freira, para contar o que todo mundo já sabe: só há uma rainha, que é ...MADONNA! Os fãs gritam demais, alguns até repetem a frase junto de Nicki, e nesse momento, a rainha sai do papel de pistoleira e deixa escapar um sorrisinho de "ai gente, eu sou mesmo!".
Fim da parte 1! Assistimos ao interlude de Best Friend e Heartbeat nos telões, enquanto os dançarinos contorcionistas de Madonna dançam e deslocam os braços (é sério!). Na primeira parte do show, eles representavam as gárgulas do grande monastério e isso foi muito bem bolado. Tudo no show da Madonna tem um significado, o figurino, as músicas escolhidas, a divisão dos blocos. TUDO!

Uma das partes mais animadas do show: Madonna surge de cheerleader para cantar Express Yourself e Give me all your Luvin'

Partimos para o bloco cheerleader! Ela já chega com Express Yourself e imagens alegres nos telões. Dança com um bastão e emenda Born This Way e She's Not Me. Como eu vejo isso? Uma brincadeira/provocação/homenagem/toma-essa-Lady-Gaga e ao mesmo tempo nada demais. E só. Nada para ficar discutindo, nem criando polêmica.
Com Give me all your Luvin' vem a fanfarra flutuante! E Madonna dança muito, levanta a saia, rebola até o chão, faz a coisa ferver mesmo.

A fanfarra flutuante da rainha

Terminamos e ouvimos a rádio Madonna, passando por sucessos de toda sua carreira. Ela volta ao palco, mais uma vez com a guitarra, tocando Turn Up the Radio e pedindo que todos cantem junto.
Seguimos para Open Your Heart, com o Kalakan. Versão fofa e que termina com um belo discurso da diva, falando sobre igualdade. Ela fala e pede para o público gritar "Fuck yeah" se estiver de acordo. Todos gritam e ela encerra com um "Caralho!", para a histeria de todo mundo.
Então ela dedica a próxima música a todos os seus fãs. É Masterpiece, realmente a obra de arte deste novo álbum. Uma música para calar boca de quem fala que ela só lança músicas sem conteúdo atualmente.

Após Open Your Heart, Madonna faz um discurso sobre igualdade.

É o fim de mais um bloco. A interlude de Justify My Love é linda, praticamente um novo clipe para a música. Vemos, no telão, Madonna brincando com lupas e máscaras, num vídeo todo em preto e branco. O vídeo termina com ela colocando a mesma máscara com que entrará em alguns segundos no palco para a performance de Vogue. Dançarinos desfilam pelo palco com figurinos exuberantes, Madonna está com um espartilho preto, também de Jean Paul Gaultier, que produziu os antigos e famosos figurinos da turnê Blond Ambition.


  A diva canta Vogue em São Paulo

Vogue é Vogue. O telão mostra os artistas citados por Madonna na música. Um fato interessante é que ela não parece ter usado playback em momento nenhum no show. Pelo menos eu acho que não. Ela nunca escondeu que utiliza playback, pois dançar e cantar ao mesmo tempo é difícil. Para provar, assistam a apresentação de Vogue no VMA de 1990, ela nem sequer usa um microfone, não está escondendo nada mesmo. Na turnê Blond Ambition ela até brinca com o fato, dizendo ao dançarino caracterizado como Dick Tracy que não há problema se ele não sabe cantar, "Vamos dublar!", sugere. Aliás, eu bato o pé e acho que ela canta muito bem, não acho que ela deveria usar playback nunca, mas se for pela dança eu perdoo. Claro que ela não é a Whitney Houston, mas ouçam You Must Love Me, na Sticky and Sweet Tour e vocês entenderão.
Depois de um dos maiores sucessos da cantora, vem uma versão cabaret de Candy Shop, com versos de Erotica. Uma parte sexy, com direito a cenas sensuais com o peguete Zaibat, mas sem beijo na boca porque deuses só se relacionam com mortais quando não tem ninguém vendo.
Espelhos surgem no palco para Human Nature. A performance lembra o clipe e explora a sexualidade. Madonna tira a roupa no fim da música, revelando a palavra Deus nas costas, escrito em hebraico (no Rio de Janeiro foi "Periguete", e no segundo show de São Paulo, "Safadinha"). Ela ainda pegou uma camiseta de um fã, na qual se lia "Motherfucker fan" ("fã filho da p*ta"), e a vestiu. Ela já tinha gostado dessa camiseta desde a passagem de som.
Para a grande decepção dos fãs, as luzes se apagaram neste momento e Like a Virgin e Love Spent não foram tocadas. Ninguém sabe o motivo, há boatos de que houve um problema no equipamento que seria usado nessas músicas, e que já estava falhando na passagem de som. Uma pena, pois é uma das partes mais emocionantes do show. A rainha apresenta uma versão lenta de Like a Virgin, com um piano. Ela canta no chão, como é a performance do hit desde o início de sua carreira. A música também não foi tocada no segundo show de São Paulo, mas neste dia ela cantou Holiday. É esperar para ver o que teremos em Porto Alegre no próximo dia 9.
É a vez do interlude polêmico de Nobody Knows Me, que mostra a imagem de vários políticos e faz uma forte crítica a eles. Enquanto isso, dançarinos fazem mais uma coreografia fantástica no slackline.
I'm Addicted abre a última parte do show. É seguida de I'm a Sinner, na guitarra, como se Madonna estivesse num trem em movimento, afinal blocos se erguem várias vezes no palco durante o show.


Madonna viaja no trem de I'm a Sinner

Aqui o clima é um pouquinho mais calmo. Ela poderia ter tranquilamente substituído essas duas músicas, ou pelo menos I'm Addicted, por sucessos mais antigos. Ou talvez tocar algum clássico ou uma música antiga lado B na guitarra (ela só tocou músicas novas na guitarra nesta turnê). É a única coisa de negativa que tenho para falar do show, mas isso não estraga nada! Só quero dizer que esse momento poderia ser melhor aproveitado. É por apenas essa parte que a Sticky and Sweet Tour parece ser mais animada, mas, se o show fosse igual, não estaríamos falando de Madonna, não é?

O coral e a rainha cantando Like a Prayer

Porém, Like a Prayer compensa tudo! É a hora do público cantar juntinho da rainha e do coro. Não tem como errar com essa música, a apresentação é sempre linda e não foi diferente na MDNA Tour, ainda mais com a rainha segurando a bandeira do Brasil.
Infelizmente chegou o fim: Celebration, num mash-up com Give It 2 Me, traz a festa final. O jogo de luzes é espetacular nessa música. Madonna dança, pula, canta e se junta aos dançarinos para dizer o "Obrigada!" cheio de sotaque e o adeus a São Paulo.

O encerramento com Celebration

O maior espetáculo da minha vida! Um dos meus sonhos realizados. Ver essa mulher tão importante é uma honra, mesmo para quem não é fã (que diga meu namorado, que foi para me acompanhar e ficou maravilhado com o espetáculo que viu).
Ela não tem a melhor voz de todos os tempos, mas é a melhor performer, melhor dançarina, melhor representante feminina da música. Eu a considero um gênio. Como eu já disse, ela revolucionou a música pop. Ela lançou VOGUE, que é hino do pop. Aliás, Lucky Star, Dress You Up, La Isla Bonita, Like a Prayer, Who's that Girl?, Vogue, Justify My Love, Erotica, Take a Bow, You'll See, You Must Love Me, Frozen, Music, Hollywood, Sorry, 4 minutes, Girl Gone Wild, são todos hinos. E eu só citei uma música de cada álbum dela. E daqui a pouco vem mais um pelo que ela mesma já anda dizendo (se ela vai ter 60 anos? NÃO IMPORTA, o que ela faz é inigualável, não tenho nem o que falar sobre idade, porque isso não tem influência nenhuma no trabalho dela).
Ela falou sobre sexo, numa época em que mulher falar disso era praticamente proibido. E falou que, como mulher, também tinha fantasias, por que não?
Algumas pessoas me julgam por eu ser fã dela. Dizem que ela é vulgar, vagabunda. É difícil ser revolucionária, palavra que ela mesmo utiliza, sem ser julgada. Ser sexy, explorar a sensualidade e a sexualidade é muito diferente de ser vagabunda e vulgar. Ela mostrou que sexo não tem que ser um tabu, inclusive para as mulheres. É por isso que ela tira a roupa no final de Human Nature, música que fala exatamente sobre o sexo ser um tabu.
Além disso, ela questionou a igreja. Criada pelo pai extremamente católico, ela se revoltou. Mostrou que todas as religiões devem ser respeitadas pelo que você crê e não pelo que é imposto a você por uma "casa de Deus" ou por um "mensageiro de Deus".
Ela debochou do estilo de vida americano, repreendeu o próprio país e criticou o então presidente Bush por ser a favor das guerras. Critica todas as guerras, formas de repressão, preconceito, bullying.
Ela falou sobre AIDS abertamente nos anos 80 e 90. Defendeu a homossexualidade, ou melhor, a liberdade de escolha, de expressão, a igualdade. É esse o discurso dela após Open Your Heart. É esse o discurso dela desde quando começou.
E além de tudo isso, ela é uma artista que nos diverte, nos faz dançar e esquecer dos nossos problemas de vez em quando.
Após 30 anos de carreira, ela ainda sabe se reinventar, sem perder sua essência, e sempre estar no topo. Ela consegue, diferente de todos os outros artistas das antigas, lançar músicas novas e ainda fazer sucesso com as novas gerações. Ela é inteligente, não é comercial, não é vendida como a maioria dos artistas de hoje. Ela gosta do que faz, gosta de trabalhar, gosta de inovar e contribuir para a música sempre.
Ela é Madonna.
Depois do show do dia 4 eu aprendi que Madonna não é apenas rainha.
Madonna é deusa.
Madonna é Madonna.